balneario camboriu viajante inveterado

Passando apuros com os policiais no trem rumo a Milão (Itália)

AMS

Eu havia partido de Interlaken, na Suíça, curtindo a paisagem pelas janelas do trem. No vagão que eu estava havia poucas pessoas, e todas sentadas mais ao fundo. Eu estava bem na frente, com a minha mochila pequena no banco ao lado. O mochilão estava em um bagageiro mais adiante. Seguindo um procedimento normal, mas não tão frequente na União Europeia, ao cruzar a fronteira Suíça/Itália, alguns policiais italianos entraram no trem para checar os passaportes. Dois deles entraram no meu vagão pela porta de trás e foram conferindo, um a um, todos os documentos. Quando chegou a minha vez…

– Brasiliano? – perguntou o policial.

– Si, si. – respondi sorrindo, esperando que ele soltasse um “– Pelé!”, ou algo do tipo.

– Hum… Amsterdã! – exclamou ao ver o carimbo da cidade no meu passaporte.

Nesse momento, senti que ele poderia encrespar para o meu lado, mas mantive a calma.

– Onde estão suas bagagens? – perguntou ele.

Mostrei a mochila pequena e apontei para o mochilão que estava no bagageiro.

– Tem drogas? – indagou o policial.

– Não. – respondi.

– Nós vamos dar uma olhada. – disse ele, possivelmente esperando alguma reação.

– Sim, claro. – respondi mantendo a calma.

IMAGEM PASS CARIMBO AMS (1280x902)

O segundo policial, que também estava checando os passaportes, chegou nessa hora. E o que estava me interrogando pediu para acompanhá-lo. Levantei-me e o segui, tenso, até o espaço que fica entre os vagões.

– Nós vamos revistar você, abrir as suas malas e olhar o que tem dentro. Se encontrarmos 1g de maconha ou haxixe, você vai voltar de onde veio. – afirmou o policial.

– Ok, não tem nada, podem revistar. – respondi confiante.

Aliviado, voltei para o vagão e ele pediu a minha mochila. Começou a vasculhar. Havia alguns suvenires enrolados em papel, ele foi direto neles. Foi até engraçado, apesar de constrangedor, vê-lo com tanta sede na busca, crente que encontraria alguma coisa na minha mochila.

– Ok. – disse a finalizar a busca.

– E essa aqui? – pergunta o segundo policial, apontando para o meu mochilão.

O primeiro policial balança a cabeça negativamente.

– Boa viagem! – diz ele antes de deixar o vagão.

– Obrigado. – agradeço.

Na verdade o que eu mais temia era que inventassem algum motivo pra não me deixar entrar na Itália, movidos por, quem sabe, um possível preconceito contra brasileiros. Felizmente, estavam apenas realizando seus trabalhos.

Chegando na estação Milano Centrale, desembarquei e parti em busca do metrô. Depois, mais um percurso de tram até, finalmente, chegar no apartamento do meu grande amigo de infância, Décio, brasileiro, estudante em Milão. Bom anfitrião, preparou um jantar pra mim: ovo e hambúrguer (rsrs)! Estava ótimo!

Aproveitando a localização de Milão e a estadia grátis, nos próximos dias eu visitaria Torino, Mônaco e Veneza no esquema bate e volta.


Este é o 26º post da série Mochilão na Europa I (28 países)

Leia o post anterior: A dois passos dos Alpes (Interlaken, Suíça)

Leia o post seguinte: Passando o dia em Turim (Itália)

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GUILHERME GOSS

Turismólogo, travel writer e diretor da Reisen Turismo. Tem duas paixões: sua família e as viagens. Começou a viajar aos 17 anos e, até agora, 65 países não foram capazes de detê-lo! Sua melhor viagem é sempre a próxima!

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