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Belfast e Giant’s Causeway (Belfast, Irlanda do Norte)

Era um sábado ensolarado, o que me animou logo na chegada! Em passos acelerados deixei a estação central e me dirigi ao albergue Belfast International – próximo ao centro, dispõe de ótimas acomodações e de uma agência de viagens.

Com um mapa na mão e muita disposição, fui atrás dos atrativos da cidade. Eu não tinha a menor ideia do que estava por vir e, inclusive, tinha dúvidas se gostaria de uma cidade tão pouco mencionada que visitam o continente europeu. No entanto, era por este motivo que eu estava lá!

Muitas pessoas estavam aproveitando aquele dia de céu azul para circular a pé pela cidade. Caminhei pela praça que compreende o belo prédio do City Hall, um monumento dedicado aos náufragos do navio Titanic (que foi construído na capital) e a Belfast Wheel (a roda gigante da cidade).

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Os jovens se concentravam na região do Waterfront Hall (um centro de entretenimento, artes e conferências) que, como o nome sugere, fica em frente ao Rio Lagan. O consumo de bebidas alcoólicas é proibido no local, o que instiga os jovens mais rebeldes a desafiarem os policiais que agem frequentemente.

Segui para a Queen’s Bridge (aberta em 1849) e depois andei vários quilômetros (e alguns a mais por ter errado o caminho!) até encontrar o Muro de Belfast – marco da separação de ideais políticos e religiosos. Ao longo do muro inúmeras manifestações são pintadas, principalmente na Shankill Road (de maioria protestante) e Falls Road (de maioria católicos-romanos).

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Fugindo do clima pesado, visitei o famoso e colorido Crown Liquor Saloon para tomar um pint. Quem gosta de visitar pubs não pode deixá-lo de fora da lista. Trata-se de um pub genuíno, que se auto intitula “atemporal, de valor inestimável” e “um dos grandes bares do mundo”; e certamente ele o é!

Descendo a Great Victoria Street, cheguei à Queen’s University, de onde parti faminto para KFC mais próximo. Depois de degustar uma Full Loaded Meal (que incluía sanduíche, coxa de frango, fritas, meia espiga de milho e refrigerante) retornei empanturrado ao albergue.

Durante a noite foi bem difícil pegar no sono, pois um dos companheiros de quarto, um holandês, parecia estar bêbado (no mínimo) e com sérios problemas intestinais.

A Irlanda do Norte me agradou tanto que decidi ficar mais um dia para poder conhecer também o norte do país.

Pela manhã tomei um chocolate quente e embarquei no ônibus (que sai do próprio albergue) para fazer o tour pela costa norte. Saímos de Belfast com terríveis 4°C. A primeira parada, em Carrickfergus, foi apavorante. Ao sair do ônibus para conhecer o castelo a sensação era de estar congelando. O tempo estava fechado, ventava demais e o frio era extremo. Por alguns instantes, até me arrependi de ter mudado o roteiro para fazer o tour. O tempo permanecia fechado por todo o caminho que percorríamos, mas as belas paisagens já começavam a aparecer.

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Foi em Carrick-a-Rede (no litoral norte) que o tempo colaborou. Apesar do frio e do vento forte, o sol brilhava em um céu azul quase sem nuvens. O grande atrativo do local é a Rope Bridge – uma ponte feita de cordas que liga duas montanhas, passando sobre um braço do mar. Para chegar até lá é necessário caminhar cerca de um quilômetro a partir do guichê de entrada. O lugar é fascinante e paradisíaco, com paisagens dignas de cartões postais. No fim da visita fui até a lanchonete e, enquanto eu degustava tranquilamente um pedaço de bolo para recuperar as energias, começou, inexplicavelmente, a nevar. Eu mal podia acreditar na rapidez com que o tempo havia mudado. Assim, voltei correndo para o ônibus que partiu para Bushmills, onde visitamos a Old Bushmills Distillery – a mais antiga destilaria de uísque (ou whisky, se preferir) do mundo, fundada em 1608. Após a visita a neve, que parecia nos perseguir, chegou por lá também. Nossa terceira, e mais importante parada, era pra ver o principal atrativo do passeio: Giant’s Causeway. Nada menos que impressionantes formações rochosas poligonais, esculpidas pela natureza. Diz a lenda que um gigante, que não sabia nadar, queria construir uma calçada sobre o mar para encontrar sua amada que vivia em uma ilha escocesa (onde, curiosamente, existem formações semelhantes). A explicação científica, bem menos interessante, relata que há seis milhões de anos, a lava derramada começou a rachar-se, dando origem a essas formações. Vale mencionar que a singularidade do local vale qualquer desvio no seu roteiro! De volta para a estrada, após uma breve parada para fotos em mais um castelo, voltamos à capital.

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Depois de um longo dia de passeios, eu queria apenas uma ótima noite de sono que, novamente, não se concretizou, dessa vez devido ao falso alarme de incêndio e aos escoceses que chegaram de madrugada!

Acordei na manhã seguinte e fui ao centro, de onde tomei um táxi, depois de descobrir que os ônibus não vão até o porto, que me levou aos ferrys da Stena Line. Aliás, foi o único táxi que tomei durante todo o mochilão (e como mochileiro, me orgulho disso!) e era um Fairway Black Cab – daqueles pretos, tradicionais, grandões e desajeitados que, na parte traseira os passageiros ficam de frente uns para os outros. Seguindo a viagem… O ferry era um navio completo, com cinemas, lanchonetes, restaurantes, lojas, fliperamas e até cassino. Infelizmente zarpamos com atraso, o que fez muita gente (inclusive eu) perder o trem de Stanraer para Glasgow. Devido ao atraso, a empresa providenciou um ônibus até a estação ferroviária de Ayr, de onde finalmente embarquei em outro trem para Glasgow.


Este é o 14º post da série Mochilão na Europa I (28 países)

Leia o post anterior: Na terra dos Leprechauns (Dublin, Irlanda)

Leia o post seguinte: De passagem por Glasgow (Escócia)

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GUILHERME GOSS

Turismólogo, travel writer e diretor da Reisen Turismo. Tem duas paixões: sua família e as viagens. Começou a viajar aos 17 anos e, até agora, 65 países não foram capazes de detê-lo! Sua melhor viagem é sempre a próxima!

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