Logo ao desembarcar do trem procurei um posto de informações para pedir um mapa.
– A gente cobra seis francos suíços – diz a atendente.
– Ok, obrigado – respondo rápido, rejeitando o mapa, enquanto ainda tento assimilar a resposta.
Já contei em outro post como foi o planejamento para esse mochilão. E, embora o mesmo tenha sido muito bem feito – modéstia à parte –, durante o calor da viagem simplesmente me esqueci que o país não faz parte da Zona do Euro. Não sei se fiquei mais assustado com a minha própria distração ou com o preço do mapa – que é distribuído gratuitamente na maioria das cidades europeias.
Passada a confusão mental, troquei alguns euros e peguei o ônibus seguindo minhas anotações para chegar ao albergue. Fiquei no Hostel Suisse que tinha um bom quarto, apesar de ficar um pouco afastado da estação e dos principais atrativos. Minha opção seria por outro local mas, novamente, deixei pra fazer a reserva em cima da hora e deu no que deu. Como cheguei muito cedo não pude fazer o check-in (que era somente às 15h), então deixei minha coisas, peguei um mapa (gratuito) e fui explorar a cidade.
O centro histórico de Zurique é bem pequeno e dá pra percorrer tudo a pé. Comecei na estação central, seguindo pela Bahnhofstrasse que é dominada pelo comércio, e os trilhos dos bondes no meio da rua lhe dão um ar especial. Em paralelo a ela corre o rio Limmat, que desemboca no lago Zurique. Suas margens sugerem uma longa e agradável caminhada, observando as construções típicas que beiram toda a sua extensão.
No caminho, pode-se visitar a igreja St. Peter, que é a mais antiga da cidade e, mais adiante, a igreja Fraumünster que possui vitrais de Marc Chagall.
Continuando a caminhada, cruzei a Quaibrücke (última ponte antes do lago) e me juntei às centenas de pessoas (locais e turistas) que se descontraiam no calçadão Utoquai, uma área florida, arborizada e com uma vista deslumbrante do lago.
No caminho de volta, agora pela outra margem, cheguei à igreja Grossmünster e aproveitei para subir a Karlsturm – as torres gêmeas que oferecem um cenário digno de uma boa pintura, com a cidade inteira emoldurada pelos Alpes. É imperdível.
Em toda essa área central, a impressão que dá é que Zurique tem mais cafés que residências. Portanto, vale a pena aproveitar a ocasião e escolher um deles para observar a vida da cidade.
Depois de andar bastante pelo centro, decidi conhecer a sede da FIFA (isso foi bem antes dos escândalos envolvendo a federação). Depois de um tempão a bordo de um bonde, finalmente cheguei ao local. Tive que ficar espiando do lado de fora, pois a sede estava fechada, mesmo assim deu pra ver alguma coisa e curtir, de volta, o longo passeio de bonde até a estação central – de onde peguei o ônibus e segui para o albergue.
Já era noite e, enfim, fiz o check-in. Entrei no quarto e me senti com sorte, pois era um quarto para duas pessoas mas só havia eu. O bacana de ficar em albergues, além de pagar pouco, é fazer amizades, mas tem horas que também sentimos vontade de ficar só e descansar – principalmente após dividir o quarto com 20 pessoas, como foi o caso em Munique. Ajeitei minhas coisas e fui tomar banho. Quando voltei, para minha surpresa, havia mais uma pessoa no quarto. Puxei conversa e acabou sendo interessante conhecer um búlgaro, Alexi, que já havia visitado o Brasil com sua faculdade.
No outro dia, ao descer para o café da manhã, descobri que o albergue não oferecia nada para comer. Quem salvou a minha fome? O camarada búlgaro, que me ofereceu um bolo, um lanche e uma maçã – com a fome que eu estava, aceitei na hora!
Minutos depois, despedi-me no novo amigo de algumas horas e parti para a estação. O passeio em Zurique chegara ao fim, mas a viagem pela Suíça estava apenas começando e eu embarquei no trem para sua capital, Berna.
Este é o 23º post da série Mochilão na Europa I (28 países)
Leia o post anterior: Munique: uma das cidades mais interessantes da Europa (Alemanha)
Leia o post seguinte: Beleza medieval e charme suíço (Berna, Suíça)
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