Um dia em Luxemburgo (Luxemburgo)

A menos de quatro horas de trem desde Bruxelas, Luxemburgo ainda pode ser considerada uma cidade pouco visitada por brasileiros. Mas, ao desembarcar, uma surpresa: aqui se fala português! Brincadeiras à parte, é verdade que há muitos portugueses vivendo por lá – o motivo eu ainda desconheço. Encontrei alguns brasileiros também – aliás, até aqui, a única cidade em que não havia encontrado nenhum tupiniquim era Cardiff, no País de Gales.

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Bom, já comentei anteriormente que se deve fazer reservas antecipadas pra não ser obrigado a ficar num albergue distante dos pontos de interesse ou, pior, não conseguir acomodação. Pois é, deixei pra última hora e não consegui nada (a preços razoáveis) em Luxemburgo. A alternativa que encontrei foi passar o dia todo na cidade e, ao anoitecer, pegar um trem para o próximo destino.

Deixei minhas coisas no locker (armário) da estação e corri para a cidade das pontes. Com pouco mais de 100 mil habitantes, Luxemburgo é Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1994. O centro histórico, protegido por muralhas, fica no alto de dois vales: Alzette e Pétrusse.

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Comecei o passeio admirando as lindas paisagens que a cidade proporciona por meio de seus mirantes. A vista da Place de la Constitution (dedicada aos soldados mortos na Primeira Guerra Mundial) com a ponte Adolphe ao fundo, é a mais bonita da capital – na minha opinião.

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Continuei até a Place d’Armes que possui restaurantes e cafés em seu entorno e visitei também uma feirinha que ocorria por ali. Fui conhecer o Palais Grand Ducal que é a residência oficial do grão-duque de Luxemburgo – fechado para visitantes – e, em seguida a igreja Saint Michel, a mais antiga da cidade.

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No caminho de volta à estação, parei na Cathédrale Notre-Dame. A maior igreja da cidade, fundada em 1613, possui traços góticos e renascentistas em sua construção e, no ano de 1870, o Papa Pio IX a dedicou à Abençoada Virgem.

Na bairro Gronn (Grund, em inglês), em um dos vales, fica uma das construções que mais me chamou a atenção: a Abadia Neumünster, também conhecida como Centre Culturel de Rencontre Abbaye Neumünster (CCRN), é um importante palco político e cultural.

O que não tive tempo de conhecer foram as ruínas das Casamatas Bock e Petrusse – galerias subterrâneas que faziam parte da fortaleza que ali existia.

Como não tinha lugar pra ficar, já que os albergues estavam lotados, fui para a estação e, depois de perder o trem programado e ter de aguardar, segui para Frankfurt. Nesse dia notei que passei por três países: acordei na Bélgica, rodei o dia todo em Luxemburgo e dormi na Alemanha – coisas que só acontecem na Europa!


Este é o 20º post da série Mochilão na Europa I (28 países)

Leia o post anterior: Conhecendo Bruxelas (Bélgica)

Leia o post seguinte: Frankfurt não é só business (Alemanha)

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GUILHERME GOSS

Turismólogo, travel writer e diretor da Reisen Turismo. Tem duas paixões: sua família e as viagens. Começou a viajar aos 17 anos e, até agora, 65 países não foram capazes de detê-lo! Sua melhor viagem é sempre a próxima!

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