White Temple, mulheres girafas: passeio em Chiang Rai

Fala, viajante!! Quem vem acompanhando os posts sobre Chiang Mai sabe que fiquei apenas três dias por lá e quis fazer tudo o que estava ao meu alcance. Deixei de visitar lugares imperdíveis na cidade mas eu queria muito conhecer o White Temple, na região de Chiang Rai. Os dias foram bastante intensos e quando a noite chegava eu só queria relaxar na cama deliciosa do meu hotel. Maaaaas os mercados noturnos da cidade não me deixaram fazer isso!

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Na noite anterior não havia sido diferente. Chegamos ao hotel, minha família e eu, exaustos depois de um dia cheio e de um bom passeio pelo mercado noturno. Durante o dia havíamos visitado o Chiang Mai Elephant Sanctuary e eu fui deixando pra depois a reserva do passeio para Chiang Rai. No fim das contas, ficamos sem a reserva e eu tive que acordar cedo, muito cedo, para (com a ajuda do recepcionista) fazer contato com a agência conveniada ao hotel. Por sorte, havia vagas suficientes para Lala, Micca e eu. Após a resposta positiva, subi correndo para o quarto e, enquanto elas se arrumavam, eu fui garantir o nosso café da manhã. O staff foi sensacional e me ajudou a fazer um pacotinho para viagem.

Pagamos THB 1.300 por adulto e THB 650 pela Lavínia – esse foi o único passeio que tivemos que pagar para ela, que tem 3 anos de idade, durante nossa viagem pela Tailândia. Esse tour de dia inteiro, operado pela agência Amporn, é bastante completo e inclui: Hotspring, White Temple, Golden Triangle, parada para almoço, tribo Karen (mulheres-girafas).

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Hotspring

A van nos pegou no hotel às 7h da manhã. Após uma hora de estrada, tivemos uma breve e estratégica parada para irmos ao banheiro e para conhecermos Hotspring. Um local com fontes de águas quentes, onde podemos nos arriscar nos escalda-pés (eu não aguentei a altíssima temperatura) ou comer ovos cozidos nas águas das fontes, vendidos por algumas simpáticas senhorinhas – 3 ovos de galinha ou 6 de codorna por THB 20.

Enquanto eu queimava meus pés e fazia fotos do local, a Micca aproveitava para pechinchar nas dezenas de lojinhas espalhadas por ali. Vinte minutos depois, estávamos todos de volta à van para continuarmos o passeio.

White Temple (Templo Branco / Wat Rong Khun)

De Hotspring até o White Temple – principal atração do passeio – foi mais 1h30 de van. A entrada no templo custa THB 50 (já estava incluída no preço do nosso passeio) e tivemos 40 minutos para explorar o local. Chalermchai Kositpipat é o artista tailandês responsável pelo templo mais famoso de Chiang Rai, um dos mais belos e visitados em todo o país.

Antes de entrarmos no templo, fomos ao banheiro – e que banheiro! Uma construção inteirinha dourada com seu interior cheio de detalhes. Se não fossem as plaquinhas indicativas, eu estaria procurando o banheiro até hoje!

white temple banheiro

Seguimos, debaixo de um sol escaldante, para o templo. Sua brancura, que contrastava com o verde da grama e com o azul do céu, era de arder os olhos. Fiquei meio hipnotizado pela beleza daquele lugar e também pelo simples fato de estar ali – pois era mais um sonho antigo que estava sendo realizado.

white temple

Quando nos aproximamos da passarela que leva até o templo, avistamos criaturas bizarras, dragões, centenas de mãos brotando do chão e o fogo, simbolizando o inferno. À medida em que caminhávamos em frente, as esculturas iam perdendo a agressividade e as faces iam ficando mais serenas.

Ao terminar a passarela, era hora de guardar os sapatos nas sacolinhas que nos haviam fornecido minutos antes. Nossa curiosidade era gigantesca, mas o interior é bem simples. No altar, a estátua de um monge e dois Budas. Na parede ao fundo, uma bela pintura de Buda entre vários templos. Não é permitido filmar/fotografar o interior do templo.

white temple

white temple

Demos uma rápida caminhada pela propriedade, onde estão sendo construídos vários outros monumentos e edificações e voltamos para a van.

white temple

Se você está planejando ir por conta própria é bom saber que os horários de abertura são de seg/sex 8h-17h, sáb/dom 8h-17h30.

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Triângulo Dourado

Deixamos o White Temple para trás e rodamos mais 1h30 pra chegarmos ao píer. No local, nossos passaportes foram coletados antes de embarcarmos no barco. O passeio não estava incluso no nosso pacote e desembolsamos THB 300 por adulto – a Lavínia foi free.

O marco, desenhado pelo Rio Mekong é uma tríplice fronteira entre Tailândia, Laos e Myanmar. Pra ser sincero, achamos esse passeio beeem chato. O guia do barco até se esforçava para fazer algumas piadinhas enquanto explicava sobre a história mas ninguém esboçava nem um sorrisinho de volta. Ou não estavam entendendo o inglês dele ou, assim como eu, acharam as piadas bem sem graça!

O que pudemos ver do Myanmar, ainda que de longe, foi o famoso Paradise Casino. Entretanto, no Laos pudemos desembarcar na ilha DonXao (mesmo sem visto; mas cada um teve que pagar THB 30 para o oficial) para conhecer um mercadinho bem pobrezinho, tipo um camelódromo. Eu, que já conhecia belas cidades do Laos como Vientiane e Luang Prabang, fiquei bastante decepcionado com o que vi por ali. Muita pobreza, crianças pedindo, enfim… Desnecessária a visita (a não ser que consideremos a nobre oportunidade de ajudar as famílias que vivem daquelas lojinhas).

laos golden triangle

Seguindo o guia, experimentei uma dose de uísque servido a partir de uma garrafa onde havia uma cobra dentro. O uísque era fraco. Forte era a imagem da cobra enfiada ali dentro.

A visita ao mercado do Laos durou 30 minutos. Tempo suficiente. Voltamos para o barco que nos levou de novo à Tailândia.

O almoço

Desembarcamos e seguimos para a van. Após 20 minutinhos já estávamos no restaurante e o almoço já estava incluído. O local era simples, mas bem arrumadinho e o buffet bastante variado. Aproveitei para experimentar a popular sobremesa tailandesa: manga com arroz pegajoso (mango sticky rice).

Enquanto isso, a chuva resolveu cair forte do lado de fora. Visitamos uma joalheria que ficava ao lado do restaurante para passar o tempo. Pouco depois seguimos de guarda-chuva até o veículo.

Fronteira do Myanmar

Outra parada do passeio, a 5 minutos do restaurante, foi na fronteira terrestre da Tailândia com o Myanmar, onde as pessoas podem descer para tirar fotos no local. Mas, como estava chovendo, apenas passamos em frente e seguimos para a próxima parada. É bom lembrar que não é possível atravessar a fronteira durante esse passeio.

Tribo Karen Long Neck (a polêmica tribo das mulheres girafas)

Rodamos mais 40 minutos pra chegar até a tribo Karen – apelidada de long neck, pescoço longo em inglês; em português, são chamadas de “mulheres girafas”.

karen long neck mulheres girafas

Eu estava muito ansioso. Desde quando vi uma foto daquela tribo primeira vez – e lá se vai bem mais de uma década -, achei incríveis aquelas mulheres que usavam argolas no pescoço.

Misturado com a ansiedade, o nervosismo também se fazia presente. Nos últimos anos, pesquisando sobre a tribo, descobri que essas mulheres são, na verdade, provenientes do Myanmar e que se refugiaram em terras tailandesas. No entanto, a vida delas não parece ser nada fácil – tanto pelo fato de serem refugiadas, como pelo fato de pertencerem a uma tribo com um costume tão diferente e atraírem, por conta disso, muito dinheiro com o turismo. Pelo que li, elas não podem sair dos locais demarcados.

A decisão de visitar ou não um lugar desses, que alguns classificam como “zoológico humano”, não é fácil. Há de se colocar na balança os prós e os contras e que podemos estar colaborando com o lado errado da moeda. Além disso, há de se estar preparado para ver a realidade daquele povo que vive do cultivo da agricultura na pouca terra disponível e do que recebem pelos artesanatos.

karen long neck mulheres girafas

E lá estávamos nós (Micca, Lala e eu), debaixo de uma fina garoa, entrando na tribo Karen. A estrada, THB 300 por pessoa, já estava incluída no pacote e tínhamos 40 minutos para conhecer local. Uma aldeia simples, com várias tendas de artesanato dispostas lado a lado. Atrás das lojinhas ficam as casas onde vivem, de modo bem simples, sem nenhum conforto.

karen long neck mulheres girafas

karen long neck mulheres girafas

Seguimos a nossa guia até uma jovem de pescoço alongado. Foi chocante. Ela não parecia nem um pouco feliz por estar ali, aliás, estava visivelmente incomodada. Enquanto nossa guia contava um pouco sobre a tribo, a garota permanecia imóvel, com um olhar triste e distante, deixando transparecer que ela não queria estar participando daquilo. A primeira impressão me deixou profundamente abalado. Apressei-me para finalizarmos a visita rapidamente.

Apesar dos pescoços daquelas mulheres parecerem alongados, na verdade, os ombros é que são esmagados pelas pesadas argolas que também podem ser usadas em suas canelas e braços. A tradição de usar esses anéis ao redor do pescoço possui diferentes versões e teria sido iniciada como uma proteção contra ataques de tigres, mas também consideram-se a estética, a simples vontade do líder e ainda para não atrair homens de outras tribos. E o que chamamos de “argolas” são, na verdade, uma peça única, como uma mola maciça e que pode passar de 25 voltas. Salvo engano, as crianças começam a utilizar o adorno aos 5 anos de idade.

Caminhamos até a próxima tenda, onde uma mulher que aparentava ter uns 40-50 anos fazia um cachecol. Interessei-me e puxei conversa. Simpática, ela contou que levava dois dias para produzir uma peça. As argolas estavam presentes em seu pescoço e abaixo dos joelhos.

karen long neck mulheres girafas

Conversamos com muitas delas sobre seus artesanatos, compramos muitas lembranças no intuito de ajudá-las e, apesar da curiosidade, evitei perguntar sobre as argolas. Todas as mulheres foram bastante simpáticas e as crianças da tribo se enturmaram com a Lavínia. Foi lindo vê-las juntas e de uma forma tão natural. Por fim, a visita foi muito agradável e emocionante.

karen long neck mulheres girafas

karen long neck mulheres girafas

karen long neck mulheres girafas

karen long neck mulheres girafas

Posso dizer que não nos sentimos em “zoológico humano” por termos interagido bastante com elas. A dica que podemos deixar pra quem quiser conhecer essa tribo é: converse normalmente com elas, interaja, compre seus artesanatos, se mostre interessado pela cultura, dessa forma você vai se sentir bem ao final da visita. EVITE apenas passar em frente às tendas armado com suas câmeras. As fotos e vídeos desses momentos devem ocorrer naturalmente, como uma consequência de um gostoso bate-papo e um registro de um encontro entre seres humanos.

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O retorno a Chiang Mai

O passeio chegou ao fim com a nossa visita à tribo Karen, mas ainda tínhamos bastante tempo de estrada para percorrer. Levamos 1h30 até um posto, onde paramos pra comer. O local era bacana, havia uma boa lojinha de conveniência e uma lanchonete.

Depois disso, foram mais 2h de estrada até chegarmos ao nosso hotel, em Chiang Mai.

O dia foi longo, visitamos muitos lugares, mas não foi tão cansativo. Ainda aproveitamos a noite para conhecer o Night Bazaar. Quer saber como foi?

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karen long neck mulheres girafas

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GUILHERME GOSS

Turismólogo, travel writer e diretor da Reisen Turismo. Tem duas paixões: sua família e as viagens. Começou a viajar aos 17 anos e, até agora, 65 países não foram capazes de detê-lo! Sua melhor viagem é sempre a próxima!

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